Os ativadores de transcrição são proteínas que promovem a transcrição de genes do DNA para o RNA. Na maioria dos casos, essas proteínas contêm dois domínios separados ‒ um domínio que se liga ao DNA e um domínio para ativação da transcrição; no entanto, em alguns casos, um único domínio é responsável tanto pela ligação como pela ativação da transcrição, como se pode observar no receptor glicocorticóide e no MyoD.
Os domínios de ligação são capazes de reconhecer e interagir com sequências de regulação no DNA. Estes domínios são classificados em famílias diferentes e nomeados de acordo com as características estruturais que permitem o reconhecimento e ligação do DNA. Alguns tipos comuns de domínios de ligação incluem o zipper de leucina, os dedos de zinco, e os motivos de hélice-volta-hélice. Em contraste, os domínios responsáveis pela ativação da transcrição genética são geralmente sequências curtas e simples e são menos complexos do que os domínios de ligação. Eles são classificados em categorias pela composição de aminoácidos, tais como rico em glutamina, rico em prolina, e rico em alanina.
Os ativadores de transcrição auxiliam no recrutamento de várias proteínas necessárias para a transcrição, tais como factores gerais de transcrição, RNA polimerase, e coativadores. Todas estas proteínas juntas são conhecidas como complexo de pré-iniciação e dependem de ativadores de transcrição para o seu recrutamento para o local apropriado. Estes ativadores podem ligar-se a um local próximo ao promotor do gene ou a vários milhares de pares de bases de distância do gene para realizar a sua função. Nos casos em que estão ligados a um local afastado do gene, eles dependem da flexibilidade do DNA para dobrá-los e trazê-los para a proximidade do promotor do gene. Os ativadores de transcrição também são necessários para continuar o alongamento de um transcripto ou reiniciar a transcrição em casos em que o processo pare a meio. Os ativadores de transcrição são conhecidos por agirem de forma sinérgica. A transcrição obtida pela ação de vários ativadores é maior do que a que ocorreria com a soma de factores individuais a trabalharem separadamente.
Como outras proteínas, os ativadores de transcrição estão sujeitos a modificações pós-transcricionais. Em muitos casos, estas modificações ajudam na regulação positiva da transcrição. Por exemplo, a acetilação de p53, um ativador que regula os genes responsáveis pela supressão tumoral, aumenta a sua capacidade de ligação ao DNA.
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