A esquizofrenia é um transtorno do neurodesenvolvimento cujas origens estão enraizadas em componentes genéticos complexos. Apesar da crescente compreensão sobre a esquizofrenia, a fisiopatologia desse transtorno permanece compreendida de maneira incompleta.
Pesquisadores identificaram fatores genéticos que aumentam a suscetibilidade à esquizofrenia, ressaltando a intrincada interação entre genética e ambiente no desenvolvimento da doença. No cerne da fisiopatologia da esquizofrenia está a neurotransmissão dopaminérgica excessiva no cérebro e no sistema nervoso central. Acredita-se que essa hiperatividade resulte de anormalidades nos receptores de dopamina, uma teoria que é conhecida como "Hipótese da Dopamina". Essa hipótese postula que os sintomas da esquizofrenia emergem dessas irregularidades do receptor, identificando os antagonistas da dopamina D_2 como opções eficazes de tratamento. Esses antagonistas, incluindo medicamentos como clorpromazina (Amplictil) e haloperidol (Haldol), bloqueiam receptores de dopamina pós-sinápticos, mitigando assim os sintomas da esquizofrenia.
Além da dopamina, desequilíbrios nos níveis de serotonina também têm sido implicados na patogênese da esquizofrenia, levando à "Hipótese da Serotonina". Essa hipótese abriu caminho para o desenvolvimento de antipsicóticos de segunda geração (atípicos), que antagonizam exclusivamente o receptor 5-HT_2A. Esses medicamentos exibem características clínicas distintas e perfis de ligação, oferecendo um espectro mais amplo de opções de tratamento para o paciente.
A "Hipótese do Glutamato" é outro componente crítico para a compreensão da esquizofrenia. Essa hipótese vincula a disfunção na neurotransmissão do glutamato, particularmente a hipofunção do receptor NMDA, com as manifestações da esquizofrenia. Os pesquisadores acreditam que a função reduzida do receptor NMDA diminui a atividade nos neurônios dopaminérgicos mesocorticais. À medida que continuamos a desvendar as complexidades da transmissão alterada de glutamato na esquizofrenia, podemos desenvolver medicamentos antipsicóticos aprimorados.
Entender os mecanismos dessas hipóteses ressalta a importância da pesquisa contínua sobre os fundamentos neuroquímicos desse transtorno, pois essa pesquisa promete refinar estratégias terapêuticas e melhorar os desfechos dos pacientes.
Do Capítulo 14:
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